Ponto de Equilíbrio

Ponto de Equilíbrio

Às vezes, amargurado, escrevo para relaxar, na tentativa de afastar a amargura. Nessas horas, deixo escapar de mim a sensação mais pura, da compreensão do que sou e do que posso ser! Sem perceber, confesso a minha pouca importância. Me sinto pequeno!

Outras vezes, em êxtase, escrevo para extravasar minha euforia, derramar meu contentamento e exacerbar minha paixão. Nessas horas, tenho outra definição de mim mesmo. Não importa se o que sou, é menos do que posso ser! Saber do que posso me anima. Me sinto grande!

Quando livre da amargura e da euforia, reconheço em mim, não só as fraquezas, nem só as grandezas. Estou equilibrado e sei bem do meu valor! Passo a olhar o mundo de fora! Sinto-me dele, o dono, não um servo. Pulsam em minhas veias, a força e o poder que aflora! Estou pronto!

 

José Assunção da Silva

 

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