VOYAGE

No último fim de semana, fizemos uma pequena viagem à cidade de Cláudio. Foi apenas uma das centenas de vezes que lá estivemos. Então, em princípio, nada de tão especial. 



Um fim de semana qualquer, a disponibilidade de tempo, o gosto pela estrada, um motivo, um destino, um carro, pronto. Eis aí os ingredientes para uma viagem! 

 

Até mesmo se não houvesse um destino previamente definido, uma viagem poderia ser realizada com sucesso! Aliás, em outros tempos, já fiz muitas viagens, sem ter antes um destino certo. E posso garantir. Fiz ótimas viagens! 

 

E desta vez não foi diferente. Preparei minha mala, considerando uma temporada não tão comprida, a ponto de nos fazer indesejados, nem tão curta a ponto de causar mais transtornos do que diversão. 

 

Acredito que ficamos o tempo certo. Livramo-nos do estresse paulistano, desfrutamos de paisagens campestres, comemos pratos diferentes do dia a dia, revimos entes queridos, antigos amigos, e, principalmente, fizemos novos amigos. 

 

Ao final da viagem, pudemos contabilizar muitos ganhos e nenhuma perda. Foi um balanço perfeito! Em outras palavras, nos tornamos mais ricos. 

 

Toda conquista, agrega valores e nos torna mais ricos. Seja ela, conquista de  bens materiais, de conhecimento, de cultura, de pequeno ou de grande vulto.  Mas não há conquista maior do que a conquista de uma amizade. Esta sim, realmente comporta em si, uma riqueza  real. Pois supera os valores monetários e alimenta nossa alma! É por isso, meu amigo, que eu quero lhe agradecer imensamente. Sua amizade me tornou mais rico! 

 

Nós tínhamos uma programação que precisou ser adiada. Mas o adiamento foi por causa nobre e mais urgente do que dois copos de cerveja! Além disso, não  diminuiu em nada a sua palavra. Então, sua preocupação me comove, mas não tem razão de existir. Ao contrário, me faz sentir importante e digno ao ser incluído no seu rol de  amizades.

 

Toda viagem cumpre seu papel, quando dela resulta, o registro de uma imagem, ou de algo que queiramos guardar para sempre em nossas lembranças!

 

Quando viajamos, não somos diferentes dos portugueses ou dos espanhóis que desbravavam mares e terras, em busca de tesouros. Nós também buscamos tesouros. Mas nosso baú é nossa alma, cujas portas são nossos corações e nossos olhos. Através deles guardamos a beleza das imagens por onde passamos e o sentimento das amizades que conquistamos! 


José Assunção da Silva


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