DEUSA DO PECADO
Me via ali, parado, como um poste. Fincado no chão, enraizado.
Do chão já era parte, figura inerte!
Sem passado, sem Horizonte.
Que não podia prever um segundo à frente.
Que de tão descontente, fechado, ensimesmado.
Não tinha presente, não tinha passado!!
Que bloqueio é esse que me tolhe?
E me faz fraquejar tão de repente?
E tu, súbita mudança, de onde vieste?
Que sensação é essa que me faz vibrar por inteiro?
Eu, que parecia estar dormindo, agora tão agitado!
Com pensamentos errantes, fatais, cheirando a pecado?
Que bloqueio é esse?
Quem é você, poço de mistério?
Quem é você, doce pecado?
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